Gabriel de Oliveira (FME) - Superação e Dedicação da Promessa Criciumense do Tênis de Mesa

Gabriel de Oliveira Antunes, de 14 anos, já soma títulos e sonha com a Seleção Brasileira

Gabriel de Oliveira Antunes e Alexandre Ghizi
Foto: Fabrício Júnior/FME


A história do mesa-tenista da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma/Sociedade Recreativa Mampituba, Gabriel de Oliveira Antunes, é marcada por superação e dedicação. O criciumense, de 14 anos, nasceu com deficiência no braço esquerdo e encontrou no tênis de mesa um caminho de sonhos e alegrias.

A caminhada no esporte iniciou aos oito anos, no Bairro da Juventude, onde atualmente o jovem estuda. “Minha irmã treinava tênis de mesa e nós montávamos uma improvisada em casa para brincar. Depois disso comecei a treinar”, lembra o atleta.

O professor de tênis de mesa na época e hoje técnico da FME era Alexandre Ghizi, que também recorda dos primeiros passos do criciumense no esporte. “O Gabriel foi um dos meus primeiros atletas lá. Já enxergava nele um grande potencial, por isso o trouxe para nossa equipe de rendimento”.

Há dois anos representando o município, Antunes conquistou títulos importantes como os Campeonatos Estadual e o Brasileiro Escolar Paralímpico, além de ser vice-campeão de outra competição nacional paralímpica e prata na Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc). “Todas as minhas conquistas eu dedico à minha família e aos meus técnicos, que me ajudam diariamente. Quero conquistar ainda mais dentro do tênis de mesa e poder dar uma casa para minha mãe, além de chegar na Seleção Brasileira”, frisa o criciumense.

Para alcançar os sonhos, o jovem precisará seguir os conselhos do comandante da FME/Mampituba, que também integra a comissão técnica das categorias de base da Seleção Brasileira Paralímpica. “Ele tem um grande potencial, mas vai precisar trabalhar muito para chegar até lá. O Gabriel é um menino que treina bastante e se dedica demais, por isso pode sonhar com voos maiores, basta acreditar e lutar”.

Além da dedicação, o atleta precisou encarar a deficiência física no braço esquerdo, que o coloca na Classe 10 na modalidade paralímpica, para buscar o reconhecimento em competições. “Em muitos campeonatos que não eram paralímpicos que participei, os atletas me olhavam e pensavam que seria fácil porque eu não tinha um braço. Mas foi competindo e ganhando com muito trabalho que eles foram me conhecendo”, destaca.

Mesmo em período de pandemia, com o retorno dos treinamentos cumprindo todas as normas estabelecidas por autoridades de saúde, Antunes sonha com um momento específico, previsto para 2021. “Quero muito participar dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. É algo que ainda não está definido por tudo o que estamos vivendo, mas vou me preparar para estar em condições se ocorrer o evento”.

O técnico criciumense ressalta a importância da parceria entre as instituições para o sucesso do esporte no município. “Somos muito gratos por todo o apoio e organização da FME e do Mampituba, além do apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), que é fundamental para o êxito da modalidade. Outra instituição que é nossa parceira é o Bairro da Juventude. Pessoas competentes estão no comando desse projeto, que certamente dará ainda mais frutos”, frisa Ghizi.

Colaboração: Fabrício Júnior/FME

Crédito: Engeplus



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